Reiki é uma terapia complementar que é aplicada através das mãos, que podem ou não encostar no corpo do receptor e que visa o equilíbrio do ser vivo a vários níveis – físico, emocional, mental e espiritual.

Pode ser aplicada em pessoas, animais e até em plantas.
Nas pessoas e animais, as mãos são colocadas nos centros energéticos – chacras – estando cada um deles associado a uma glândula e a vários órgãos.
A aplicação de Reiki em Animais, é uma experiência encantadora, pois o animal vai virando para as nossas mãos a parte do corpo onde sente desconforto, muitas vezes fazendo autênticas acrobacias nesse processo. Também é o animal que decide a duração da sessão, pois os animais normalmente não precisam de tanto tempo de tratamento como os humanos.

Em muitos casos, uma sessão de Reiki em Animais tem algumas ou todas as seguintes fases :
– Estando de pé (nas quatro patas), sentam-se, deitam-se, a respiração torna-se mais pesada, podendo adormecer e até ressonar; Um terapeuta de Reiki Animal, deve colocar-se num patamar de igualdade com os animais. Por essa razão, tem de se adaptar às condições existentes para fazer a sessão, pois, em muitos casos não há um local isolado onde a possa fazer. Também não há marquesa, pelo que a posição mais frequente é dar Reiki de joelhos ou sentado no chão, ficando assim ao mesmo nível do animal. Em animais de porte maior como cavalos, vacas e outros, o terapeuta pode ficar de pé e em animais agressivos ou (ditos) selvagens, a sessão de Reiki é feita fora da box, para evitar acidentes.

A beleza do Reiki em Animais é que as sessões raramente são iguais, pois hoje o animal aceita de uma maneira, mas da próxima vez, pode já não aceitar da mesma forma. Por isso, alguém que pretende aplicar Reiki a animais tem de ter grande capacidade de adaptação, criatividade, abertura e, acima de tudo, humildade e respeito. É maravilhoso presenciar, quando existem vários animais no mesmo local e, estando a dar Reiki apenas a um, que todos os outros se deitam e tranquilizam, percebendo-se pela respiração o que estão a sentir.

Pode acontecer que durante uma sessão, o animal não sossegue, devido a problemas de saúde ou traumas, o que pode gerar algumas dúvidas no terapeuta. Nestas situações, o melhor é enviar Reiki a alguma distância do animal e confiar que será enviado certamente para onde o animal mais necessita.

Benefícios do Reiki em Animais:

• Tranquilizante;
• Alivia traumas e depressões;
• Acelera a cicatrização de feridas e cirurgias;
• Restaura a confiança do animal nele próprio e nos humanos;
• Reduz os efeitos secundários de tratamentos agressivos como a quimioterapia;
• Ajuda na transição, em casos terminais, serenando o animal.

Em Portugal, existem 3 entidades responsáveis pelo acolhimento de animais de companhia resgatados ou retirados da rua :

• Os canis/gatis municipais, que têm normalmente apoio de entidades oficiais, mas acolhem um grande número de animais;
• As associações de animais que vivem de donativos e de trabalho voluntário;
• As Famílias de Acolhimento Temporário (FAT’s) que tal como o próprio nome indica acolhem animais temporariamente até os mesmos encontrarem uma família definitiva.

O Reiki em animais pode ser aplicado, com muito sucesso em todas estas entidades, especialmente para os tranquilizar após situações que os levaram até àqueles locais.
Uma vez acolhidos, também pode ser benéfico para os tranquilizar do medo que sentem quando se encontram naquela nova situação.

Em canis municipais ou associações, é especialmente intimidante para um animal recém-chegado adaptar-se à nova realidade, nomeadamente devido à quantidade de animais nestes locais, com os quais vai ter de aprender a conviver. Acresce ainda que muitos deles tiveram passados menos felizes, que os fizeram desenvolver traumas. A aplicação regular de Reiki a estes animais, pode ajudar a atenuar esses traumas, medos e dar-lhes confiança para se relacionarem com os outros animais e com humanos, o que será certamente um fator importante para a sua posterior adoção.

O Reiki poderá ser aplicado também em hospitais e clínicas veterinárias; em grupos de resgate ou captura; em atividades competitivas e em casa, em animais com família.

Fátima Cunha Velho – Terapeuta de Animais